
Zoe e o Golfinho Risonho
Zoe, uma menina com uma risada que parecia sininhos, adorava a praia. A areia quentinha fazia cócegas nos seus pés e o sol pintava o mar com brilhos de diamante. Ela passava o dia construindo castelos de areia engraçados, com torres tortas e pontes que não levavam a lugar nenhum, só para fazer seus pais rirem. "Olha!", dizia ela, "Um castelo para caranguejos com pressa!", e todos gargalhavam.
De repente, enquanto procurava conchas coloridas perto da água, Zoe viu algo diferente. Um golfinho, liso e cinzento, estava nadando muito perto da beira, e não parecia feliz. Ele se movia devagar e fazia um barulhinho triste, como um pequeno assobio. O dia ensolarado de Zoe pareceu ficar um pouco nublado.
Zoe decidiu usar seu superpoder: a risada! Ela ficou na beirinha da água, fez uma careta bem boba e dançou a dança do siri-sem-jeito, balançando os braços e as pernas. "Ei, senhor Golfinho! Quer ver uma piada?", ela gritou. Mas o golfinho apenas olhou para ela com seus olhos grandes e tristes e soltou outro assobio baixinho. O coração de Zoe ficou apertadinho. Sua alegria não estava funcionando.
Foi então que Zoe olhou com mais atenção. Preso na cauda do golfinho, havia um pedaço de rede de pesca velha. Não era a tristeza que o prendia, era a rede! "Mamãe! Papai!", ela gritou. Seus pais vieram correndo e, com muito cuidado, enquanto Zoe contava piadas para manter o golfinho calmo, eles conseguiram desenrolar a rede. Com um movimento rápido, o golfinho estava livre! Ele deu um salto espetacular para fora d'água, como se estivesse dizendo "Obrigado!".
O resto da tarde foi mágico. O golfinho amigo nadou por perto, dando saltos e espirrando água de brincadeira em direção a Zoe, que respondia com suas gargalhadas de sininho. Ela aprendeu que fazer os outros rirem era maravilhoso, mas ajudar um amigo quando ele mais precisa era a melhor sensação do mundo. O castelo de areia torto agora parecia um palácio para um herói, ou melhor, para uma heroína de risada contagiante.