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Cover illustration for O Natal Tropical de Pedro - a personalized children's story

O Natal Tropical de Pedro

Published on 12/4/2025

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Pedro era um menino de olhos curiosos que morava numa casa quentinha, rodeada por uma floresta mágica que cheirava a manga madura e terra molhada. No Brasil, o Natal era sinônimo de sol e do canto alto das cigarras. Ele adorava essa época, especialmente a mangueira no quintal, que sua família enfeitava com luzes coloridas que piscavam como vaga-lumes dançantes.

Na véspera de Natal, enquanto folheava um livro, Pedro viu a foto do Papai Noel. Ele passou o dedo na roupa vermelha e aveludada da imagem. Naquele exato momento, uma brisa quente entrou pela janela, trazendo o som dos grilos. Uma grande preocupação surgiu em sua cabeça: "Nossa! Com essa roupa quentona, o Papai Noel vai sentir um calorão aqui no Brasil!"

Usando sua criatividade, Pedro correu para montar o "Kit de Refresco do Papai Noel". Ele pegou um ventiladorzinho de mão, uma água de coco bem gelada e o maior par de chinelos do seu pai. Colocou tudo perto da mangueira iluminada, mas uma dúvida o cutucou: "E se ele não ver?". Determinado, ele decidiu que iria esperar acordado. Mas seus olhos começaram a pesar... pisc... pisc... fechando devagarinho.

De repente, um "Ho... ho... ho..." baixinho e cansado veio lá de fora. Pedro espiou pela fresta da janela e viu! Papai Noel estava mesmo ali, se abanando com o gorro, com o rosto todo vermelho de calor. Com o coração batendo rápido como as asas de um beija-flor, Pedro abriu a porta e sussurrou: "Papai Noel? Eu fiz isso para o senhor!". O bom velhinho olhou para o kit com os olhos brilhando de gratidão, bebeu a água de coco num gole só e calçou os chinelos com um suspiro de alívio. "Obrigado, meu pequeno grande ajudante!", disse ele com a voz renovada.

Papai Noel, sentindo-se muito melhor, deu em Pedro um abraço de urso e deixou um presente especial sob a mangueira. "Este é por cuidar tão bem de mim", piscou ele antes de partir. Pedro voltou para a cama com o coração quentinho de felicidade, não pelo presente, mas por ter ajudado. Ele aprendeu que o maior encanto do Natal não estava em ganhar, mas em cuidar de quem a gente gosta.