Maya, Zoe e a Orquestra do Castelo

Num castelo feito de nuvens e raios de sol, viviam duas irmãs muito curiosas, a Maya e a Zoe. Elas adoravam explorar cada cantinho, desde as torres que arranhavam o céu até os jardins onde os cogumelos cantavam baixinho. O melhor amigo delas era o Faísca, um dragão bebê com escamas que brilhavam como o arco-íris, e juntos eles passavam os dias a fazer perguntas aos esquilos falantes e a descobrir passagens secretas atrás das tapeçarias.

Certa tarde, um silêncio estranho tomou conta do castelo. A Fonte da Música Mágica, que tocava canções de embalar para todos os animais bebés, tinha parado! Os dragõezinhos não conseguiam dormir e começaram a choramingar. "Oh não!", disse a Maya. "Temos de fazer alguma coisa", completou a Zoe, com os olhos arregalados de preocupação e curiosidade.

Levadas pela sua curiosidade, as duas irmãs seguiram os canos brilhantes da fonte até uma pequena porta escondida. Lá dentro, encontraram um grande botão vermelho que piscava. "Talvez seja isto!", exclamou a Maya. Ela apertou o botão, mas em vez de música, a fonte fez um som engraçado: "Boing!". Elas tentaram outra vez. "Boing! Boing!". A fonte não voltava a funcionar, e as meninas sentiram-se um pouco desanimadas.

Quando estavam quase a desistir, o Faísca aproximou-se e começou a cantarolar uma melodia baixinha para as consolar. De repente, um esquilo deixou cair uma noz num cogumelo, fazendo um som de tambor: "Tum-tum!". A Zoe olhou para a Maya com um sorriso rasgado. "Já sei!", gritaram as duas ao mesmo tempo. "Não precisamos de consertar a fonte! Podemos criar a nossa própria música!"

E assim, elas criaram a Orquestra do Castelo! O Faísca cantava a melodia principal, os esquilos batiam nozes nos cogumelos como se fossem tambores, e a Maya e a Zoe cantavam a letra mais doce que conseguiam inventar. A nova canção de embalar era tão bonita que, um a um, os dragõezinhos adormeceram, a sonhar com aventuras e música. A Maya e a Zoe aprenderam que, por vezes, a melhor solução não é consertar o que está partido, mas sim criar algo novo e maravilhoso com a ajuda dos amigos.